• Jornalista Paulo José Cunha fala sobre Políticas Públicas de Comunicação na UFPI

    O jornalista piauiense Paulo José Cunha, apresentador do programa Comitê de Imprensa, na TV Câmara Brasília-DF, esteve ontem em Teresina, para ministrar a palestra “Políticas Públicas de Comunicação”, na I Jornada Científica de Comunicação Social da UFPI. O evento é em comemoração aos 25 anos do curso de Jornalismo da Universidade. O Amplie News conversou um pouco com ele sobre essa conjuntura política do Jornalismo. CONFIRA!

    Amplie News- Qual o objetivo do seu programa Comitê de Imprensa?

    Paulo José- O programa é para fazer uma análise de como a mídia cobre os fatos, sobretudo os fatos políticos, já que a emissora faz parte de uma das Casas do poder político, que é a Câmara dos Deputados. Então a gente convida os jornalistas, editores, fotógrafos, cinegrafistas, professores de Comunicação, pesquisadores, para examinar a forma como a imprensa cobre esses eventos e estabelecer comparativos na maneira de enfrentar determinados temas ao mesmo tempo, em que a gente tenta uma abordagem crítica do viés que cada veículo utiliza nas suas coberturas, ou que cada jornalista utiliza nas suas matérias ou nas suas entrevistas. Há também uma parte do programa, em algumas edições, que se refere à história do jornalismo brasileiro, então a gente convida jornalistas experientes, alguns até que já penduraram as chuteiras, pra nos contar como é que foi a vida deles, quais suas principais aventuras. Porque embora haja uma rotina, a gente está trabalhando sempre pelo inusitado. A nossa função, como jornalista, é descobrir coisas diferentes.

    Amplie News- Quais são os grandes problemas de comunicação que o Brasil sofre hoje?

    Paulo José- Eu acho que um dos maiores problemas de comunicação do Brasil, diz respeito à política de comunicação brasileira. Existe, sobretudo, nos veículos eletrônicos do Brasil, a cristalização de um formato de disponibilização dos canais de rádio e televisão a partir de critérios políticos. Isso é um formato antigo e a gente sabe do compadrinho e do apadrinhamento que existe na política de concessões brasileiras. Existe por exemplo uma lei na Constituição, que diz que os detentores de concessão são obrigados a prestar contas da utilização dada à concessão à luz do artigo 221 da Constituição, que prevê as finalidades educativas, culturais, e de diversão dos meios de comunicação. Ocorre que as concessões devem ser fruto de uma política da televisão pública, ou seja, do campo público.

    Amplie News - O senhor acredita que a Conferência Nacional de Comunicação pode ajudar a resolver esses problemas?

    Paulo José- Ajudar a encontrar soluções sim, solucionar não porque a gente está diante de práticas estratificadas ao longo de dezenas de anos. No Brasil se tem a criação de uma emissora de televisão que é a TV Brasil, que é uma iniciativa extremamente interessante e que merece todo apoio, mas, no geral, existe uma ausência de apoio às emissoras do campo público. Inexiste no Brasil uma TV efetivamente pública. Isso acontece porque as TVs educativas, estatais, universitárias e institucionais que existem no país não possuem as principais características de uma TV Pública que é a independência política financeira, sendo patrocinada e mantida por verbas públicas, ou seja, diretamente pelo cidadão, como é o caso da BBC de Londres. Inclusive recentemente a BBC decidiu condenar a invasão ao Iraque, apesar do primeiro ministro, Tony Blair, está associado ao presidente Bush, que liderava a guerra. E não adiantaram os apelos do primeiro ministro, pra que a TV recuasse em sua opinião, ao contrário, ela manteve seu posicionamento crítico.

    CONFIRA O VÍDEO!

    Texto por Isabela Rêgo isabelacot@gmail.com

    Atualização às 22:56 em 13/11/09

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